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sexta-feira, 14 de maio de 2010

O USB vai mudar: Versão 3.0 consegue transmitir até 5 gigabits por segundo


Chamado comercialmente por USB SuperSpeed, por ser dez vezes mais rápido que o antecessor, o USB 3.0 chega mantendo praticamente a mesma arquitetura e a mesma facilidade de uso do USB 2.0. Seu diferencial vem com otimizações relacionadas ao consumo de energia e à eficiência do protocolo.

A velocidade de transferência da nova versão é de 4,8 Gb/s, enquanto o USB 2.0 oferece 480 Mb/s. Ambos os tipos continuarão compatíveis, apesar da nova variante ter transmissão de dados bidirecional.

O padrão USB 3.0 foi anunciado no final de 2008 por um grupo de empresas chamado "USB 3.0 Promoter Group", formado pela HP, Microsoft, NEC, NXP, Texas Instruments, e Intel. O grupo tem por proposta que, em meados do próximo ano, tenhamos um padrão USB compatível com os modelos anteriores, e 10 vezes mais rápido que os atuais 480 Mbps.

Liderado pela Intel, o grupo terá a cooperação do "USB Implementer's Forum". Este, servirá como uma organização que cuidará da parte comercial do USB 3.0, concluindo que administrará o logotipo de compatibilidade e outras iniciativas de marketing.

A Intel disse que o principal ponto do grupo é fazer o novo padrão ser dez vezes mais rápido que o atual USB 2.0. Outros objetivos incluem eficiência do protocolo, e requisitos mínimos de energia menores. O padrão se focará em aplicações que necessitem alta transferência de multimídia, incluindo PCs, dispositivos portáteis e outros a nível consumidor. Ainda segundo a Intel, a compatibilidade de cabos e conectores com versões anteriores do padrão USB será mantida, preservando também toda a infraestrutura e investimento em drivers, facilidade de uso, visual, entre outros.

Como a SUPERSPEED USB atinge tanto desempenho?
 
A USB 3.0 possuirá quatro fios a mais dentro do seu cabo (totalizando oito), os quais funcionarão de maneira a unicamente para enviar e receber, ao mesmo tempo, dados para o computador.

Diferentemente de sua sucessora, a USB 2.0 possui somente quatro cabos, sendo somente dois deles para a troca de informações, ou seja, a “falta” de cabos faz com que os dados sejam enviados em somente uma direção, ou seja, eles saem do computador e somente depois de chegar ao dispositivo USB os dados contidos nele são enviados para o computador.

Em outras palavras: imagine que cada par de fios dentro do cabo seja um carteiro, o qual precisa ir até a central, pegar as cartas, para somente então voltar ao bairro para entregá-las. Com a USB 2.0 é a mesma coisa, ou seja, o carteiro vai para um lugar e depois volta, não podendo fazer ambas as coisas ao mesmo tempo. Já na USB 3.0 existem três carteiros, cada qual com sua rota e podendo ir e voltar independentemente dos outros dois. Não é muito mais prático?
Continuando a analogia, nossos carteiros também receberam um “curso de especialização”, pois agora são capazes de usar mais energia quando necessário (para aparelhos que requerem mais eletricidade) e menos quando desnecessário, como quando o computador entra em estado de espera.

Além disso, a USB 3.0 funcionará em portas de USB 2.0, pois, digamos, o “carteiro” continua o mesmo, portanto ainda conhece os caminhos estreitos de antes (por “caminhos estreitos” entenda que a velocidade da USB 3.0 não será a máxima possível, por razões já citadas).

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